sábado, 15 de dezembro de 2007

NATAL É AMOR E ALEGRIA!

Bom, a época é propícia.
Muito se fala no Natal.
Me espanta um pouco, ao deparar de algum tempo prá cá, com tantas pessoas que se entristecem com a ocasião.
Eu de minha parte, já disse aqui, e volto a repetir: Adoro o Natal, o mês de dezembro, enfim, adoro a época.
Ontem prometi ao amigo Lord, que falaria sobre o assunto.
O Natal prá mim, sempre foi alegria.
Nunca me preocupei em demasia com o consumo, em comprar presentes, em me desgastar em compras, em me enfiar numa corrida louca em busca do consumo.
Quando meus filhos eram pequenos, sempre procurei comprar prá eles um presentinho, para que não se sentissem diminuídos diante dos amigos, mas dentro de nossas possibilidades.
Hoje pensamos no Érickinho, mas ele também tem que entender, o valor simbólico presente, é de acordo com nossas possibilidades.
Foi assim que aprendí, é assim que ensinei e ensino.
Fomos acostumados desde muito pequenos, que o Natal era a festa maior, não pelo excesso de comida, de bebida ou presentes, mas por comemorarmos todos os anos o nascimento de Jesus.
Na minha casa nunca teve festa de aniversário de ninguém, só dele.
No Natal, todos os anos, no início do mês de dezembro, sempre no primeiro domingo, minha mãe, depois da missa, ia para a fila da prefeitura, lá pegava uma senha para os filhos menores de sete anos.
Isso se repetiu até que todos nós completássemos sete anos.
Na semana do Natal, vinha os presentes:
Para os meninos uma bola de borracha, ainda não era plástico.
Para nós meninas uma bonequinha, aquelas de plástico cor de rosa, que imitava a cor de pele. Era sempre igual, mas era tanta alegria, tanta felicidade...
Ela fazia isso todos os anos, porque no dia seguinte à entrega dos presentes, todas as crianças da rua se juntavam e brincavam, com seus brinquedos todos iguais.
Não tinha roupa nova, não tinha presentes.
Mas que importância tinha isso?
Era festa.
Na noite de Natal, íamos obrigatoriamente à missa do galo, e em seguida íamos dormir.
Não tinha ceia.
Mas isso também não tinha importância.
No dia de Natal, aí sim tínhamos um almoço especial, com leitão e frangos que foram criados, tratados e cuidados para essa ocasião.
Tínhamos uma grande bacia de macarronada, único dia do ano, em que comíamos esse prato.
Ah! que delícia. Aquele espaguete grosso, da Orsi, ou Matarazzo, e um molho feito só com temperos e massa de tomate. Também se colocava queijo ralado.
No forno a lenha no quintal, desde cedo tinha muita brasa, e lá ia aquele leitão já temperado préviamente e os frangos, temperados e recheados com farofa.
As crianças, todas corriam de um lado pro outro, com seus brinquedos recebidos da prefeitura, felizes, porque era dia de festa.
O motivo da festa, todos nós sabíamos, desde muito pequenos.
Era Natal, era a festa de Jesus.
Hoje quando digo que me sinto feliz nessa época, é única e exclusivamente por esse motivo. O que nos embalou foi o amor e a fé, não a gastança.
E amor, fé e união, nós tínhamos todos os dias do ano, não era só nesta época.
Vivemos isso, esse amor e essa fé.
E eu sempre digo: Amor e fé, não se ensina, se vive, e isso nos acompanha, e eu acredito, que nos faz melhores.

Aproveito e desejo a todos meus queridos amigos, que aqui comigo estiveram por todo o ano, um Natal cheio de alegrias, de amor e fé.
Que Jesus Cristo possa renascer em cada um de vocês, assim como ele renasce aqui na minha casa entre os meus.

UP Date: 17/12. A Denise fez um belo post sobre a minha hortinha orgânica, quem quiser, pode ver lá como ficou.


11 comentários:

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

E olha eu aqui querendo te convidar para a blogagem coletiva de natal e vc já blogou?
Ana, lindo demais o que você escreveu. Nós também passamos para as nossas criancas a realidade do natal em nossos coracoes.
Parabéns, pela riqueza do seu texto.

Vou passar o convite assim mesmo:

Querida, estou te convidando e também os seus amigos para a blogagem coletiva de natal dia 20.12., passa lá na Saia para pegar o seu selinho.

Grande beijo e bom fim de semana

Anônimo disse...

Aninha querida,

Sempre bom vir aqui ,mesmo tão atrasada...rs
Meus parabéns atrasados pelo seu aniversário, pelo aniversário de casamento, e pelo lançamento do livro, muitas felicidades a vocês!

Aproveito desde já para desejar s você e à toda a sua família um Feliz e Abençoado Natal! Já fui assim sabe, de achar o Natal uma data triste, pois me traz muitas lembranças, de pessoas queridas que já não estão conosco, e por vezes tb ao ver tanta desigualdade nesse mundo...mas fui mudando, por mais tristes que sejam as lembranças e as desigualdades, hoje eu comemoro o Natal sim, não o consumo, mas sim a vida, e tudo de bom que Deus ´nos dá, em especial seu filho, Jesus Cristo...

Beijo carinhoso querida,
Cris

Vitória disse...

Querida Ana:
Não gosto do Natal,por motivos pessoais,mas não deixo de me enternecer com este teu texto e o sentimento que exala.
Para ti uma maravilhosa época natalícia!
Sei que tens o espírito de jesus renascido em cada dia todo o ano...vi isso este tempinho em que comecei a blogar...Deus te abençoe...bjj:))

Blog do Beagle disse...

Aninha, amei seu post. Lembrou-se algumas a pureza da comemoração do Natal na minha infânica. Nada de sofisticação e de milhares de presentes ... Saudade. Esse meu tempo já se foi. Bjkª. Elza

Lord Broken Pottery disse...

Aninha, querida,
Seu post me emocionou. Prova que a alegria tem muito à ver com a memória. Se a do Ery é triste, e o deixa infeliz nessa época, é bonito ver a gratidão com que você recorda os doces momentos de dezembro vividos no passado. É muito imprtante que saibamos ser gratos. Aproveito para mandar meus votos antecipadamente. É claro que continuaremos nos falando até o Natal, mas vai que eu esqueço. Grande beijo para todos aí do seu lado.
Beijo

Unknown disse...

Despois da correria, eis meu retorno. Está dificil visitar a todos mas aos poucos vou conseguindo. Sobre o post a Georgia tirou as palavras de minha boca e sendo assim, aproveito para desejar uma ótima semana à você e ao Valter.

Bjs

O Profeta disse...

Convido-te a sentir a magia da minha Errante Nota

Oceano de mil contradições
Amar é uma batalha da emoção
Roubada ao sortilégio do vento
No gesto mágico de uma mão

Boa semana


Doce beijo

Anônimo disse...

Aninha, seu texto -mais do que nunca- é um verdadeiro espelho da sua alma. Muito bonito. Movido pelos textos do Jayme e do Lord, incentivado pela nossa troca de comentários no blog do Ricardo, eu também resolvi escrever sobre este tema, quebrando um tanto da minha promessa. Só que o fiz de maneira diferente, dando oportunidade para que outras pessoas reflitam sobre a minha tristeza. Que, diga-se, não é motivada pelo Natal em si, mas porque ele aproxima, como num zoom, tantas lembranças ruins, sejam da nossa vida particular, quanto da coletiva da qual somos parte. Um beijo.

Ery Roberto Corrêa
www.infinitopositivo.blogger.com.br

Ví Leardi disse...

Cara Aninha...que lindo poder te conhecer melhor através das tuas lembranças e tradições...Linda maneira de viver esta época que também me é tão cara...em casa tudo também era festa e eu adorava e as lembranças dos natais na casa de minha avó são das melhores da minha infância..mas eu tinha uma vizinha...Tia Linda ..tua história me lembrou tanto as noites que lá passei com o mesmo macarrão e a mesma boneca côr de Rosa...e a mesma fè...Que delicia poder relembrar tudo isto...Obrigada tudo de Bom, com carinho para todos vcs... beijos

Anônimo disse...

Ana, fico impressionado como você descreve tão bem as coisas de sua infância, de "seu tempo". Identifico-me muito com elas, apesar da diferença de idade. O meu Natal era exatamente aquilo. Pouco consumo, muito respeito. Depois da Missa do Galo, fazíamos nosso pedido a Papai Noel e íamos dormir. No dia seguinte lá estava o presente. Um apenas, mas que valia por muitos. Eu sempre ganhava um carrinho de metal "made in USA", e quando mais "velho", os Almanaques do Gibi ou do Globo Juvenil... Sinceramente, tenho pena das crianças de hoje que não viveram aqueles bons tempos, tão simples, mas tão felizes. Felizes porque nos contentávamos com pouca coisa.
Um beijo, Ana, pra você, Valter, filhos, netos e noras. Ainda nos falaremos antes do NATAL.
Adelino

Anônimo disse...

Olá Aninha,
Venho pedir o seu voto para me ajudar a ganhar o consurso que está a decorrer no blog do custódio. Para tal basta comentar o meu post!
O link é este:
http://dinheirooportunidade.com/
O meu post é o "QUEM FOI?" e é logo o primeiro da lista. Para que o voto conte basta comentar esse post! É só!
Posso contar consigo?
Beijinhos da Daniela :)