sexta-feira, 12 de agosto de 2011

AH! SE O SER HUMANO FOSSE ASSIM.

Apesar da notícia ser repetitiva, eu ainda me surpreendo quando vejo uma mãe que abandona uma criança recém nascida, sem poder se defender.

Essa cachorra da foto, é uma vira latas que ganhamos para levar para o sítio.
Não sabíamos, mas quando a levamos, ela já estava prenha.
Deu à luz dois cachorrinhos, dos quais, um nasceu morto.
A mesma pessoa que nos deu a "pretinha", tinha uma outra cachorrinha, que também deu a luz. Foram seis filhotes.

Dois dias depois, a mãe morreu.
E os filhotes, orfãos, estavam sendo tratados na mamadeira.

Levamos três dos seis filhotes para o sítio, e a "pretinha", imediatamente adotou os mesmos.

É muito engraçado. Ela vai andando, e eles pendurados em sua tetas, vão mamando. Isso enquanto ela deixa, uma vez que os danandinhos já estão grandes, e já se alimentam de outras comidas.

Mas passamos horas, vendo o carinho dela por eles. Sem distinção. Já não sabemos qual é o filhote dela, e quais são adotados.
Ela os coça, lambe, brinca. É lindo ver.

Como são vira latas, estão acostumados a comer comida de sal, ela não come ração. Essa semana, dei uma tijela de comida para ela, com um pedaço de carne. Imediatamente, ela tirou a carne, e levou até a casinha dos pequenos. Estão presos, porque fogem para a estrada, e correm risco de serem atropelados.
Depois de dar a carne aos filhotes, voltou para comer seu arroz.

E não foi a primeira vez que a vimos fazendo isso. Primeiro, seus filhotes.

Bonito. E deveria ser assim, com os seres humanos também.
Mas ao invés de dar amor, vejo estarrecida, dia após dia, mães que embrulham seus filhos pequenos em sacos de lixo, e os destinam ao lixo, literalmente.
Que coisa triste se transformou o ser humano.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

sábado, 23 de julho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

020-I


020-I
Upload feito originalmente por Patica Modas

sexta-feira, 4 de março de 2011

É ASSIM, NETOS E AVÓS.

Achei tão lindo que simplesmente copiei e colei.

Tirei daqui:

Texto de Lélia Almeida.




A relação entre a minha mãe e o meu filho, confesso, beira a indecência. Este vínculo que surgiu há doze anos, com o nascimento dele, se fortaleceu e hoje, virou isso, uma relação indecente. Ele nasceu enquanto eu fazia o curso de mestrado, uma mãe estressadíssima em meio a tese, mamadeiras, disciplinas e monografias quase sempre atrasadas e a torcida de muitas pessoas que diziam, você não vai conseguir conciliar as duas coisas.

E eu pensava, ele é muito pequeno pra ser tão poderoso, vou conseguir, sim. Mas, fundamentalmente consegui porque esta superavó esteve sempre ali, presente, incansável, com ele. Não era por mim e nem pelo mestrado, era por ele e por ela, que já começavam, desde então, esta relação incomum.

Quando decidi que ele iria para a creche, alguns dias por semana e somente meio turno, para que nós duas, mãe e avó, pudéssemos atender nossos trabalhos e vidas com mais mobilidade, ela cortou relações comigo para sempre e me disse que eu era um monstro.

Voltou dois dias depois, morta de saudades do neto e magoadíssima comigo, para sempre. No aniversário de dois anos, ela confeccionou uma roupa de Batmam para ele, indumentária esta que ele usou sistematicamente dos dois aos três anos, convencido da sua nova identidade, e quando ela ia levá-lo na creche, eles subiam no ônibus e ele dizia em tom autoritário, vamos batgirl, venha. E lá iam os dois, batmam neto e batgirl avó, em mais uma aventura.

Caxumba, catapora, dentes que nascem, dentes que caem, primeiras palavras, a testa aberta, pontos, ela firme, ele também, neste amor indecente, que se aprimora ano após a ano da existência dos dois.

Assim foram realizadas inúmeras viagens juntos, passeios, livros lidos, filmes vistos.

Foi ela quem o iniciou em filmes de adultos ainda em tenra idade quando o levou pra ver Independence Day, fascinada ela por aquela nave imensa que atravessava os céus e alimentava a nossa imaginação paranóide. Ele deixou para trás pra sempre as pequenas sereias, belas e feras, e entrou definitivamente no mundo das naves e viagens e do cinema.

Entre este ano e o ano passado mataram de uma sentada todos os Harry Potter e Senhor dos Anéis, filmes e livros, numa corrida de quem terminava primeiro para adiantar os episódios um ao outro.

Ouvem músicas juntos, se criticam, compram CDs e fazem o que avós e netos fazem há muitos séculos juntos, nada, se mimam e se adoram.

Ela, que foi uma mãe superdisciplinada virada em uma avó que levanta dos seus afazeres a qualquer hora do dia e da noite pra fazer de pipocas doces a batatas fritas.

Ele, aquele filho meio-disciplinado virado em sultão usufruindo dos mimos avoengos.

Eu, é claro, estou sumariamente excluída do romance e dos programas, aceita eventualmente pra não ficar chato. Porque afinal de contas a minha única função na vida foi essa e não outra: ser a filha dela e a mãe dele para que assim eles pudessem ser isso, a avó e neto amantíssimos. Isto feito, posso partir.

Mas é assim mesmo, quando ela está por perto, ele consegue brigar melhor comigo, e embora ela sempre concorde com ele, me defende também, como corresponde a uma mãe.

Vamos tecendo nossas vidas e nossos papéis, os que nos cabem na malha da ancestralidade. Eles, em idílio e festa, eu, encantada, de fora.

Porque mãe é extrato de tomate concentrado: escova os dentes, faz os temas, arruma o quarto, guri. E vó é extrato de tomate diluído e sem pressão, dá sabor à pizza, ao cachorro quente, à farra grossa.

Porque com esta avó tudo é bom, horas de temas escolares feitos em conjunto pelo telefone, ambos competindo e se exibindo de quem sabe mais, sabe melhor, descobre mais coisas.

E ela esclarece, é que eu trato o meu neto como gente, não como se fosse uma criança idiota. Ou, acontece que ele é especial, não adianta. E barbaridades como estas, por aí afora.

Sábado de noite depois do cinema, do McDonald's, do CD novo, etc., programas eventuais e saboreadíssimos pelo neto de avó professora. Na frente da TV, os dois cansados da tarde movimentada. Ela cochila com os óculos caídos no nariz e o jornal no colo, ele recostado nela e o gesto que denuncia o menino, o menino que ele ainda é, o menino que ele foi e cresceu ao pé da árvore sólida, sobranceira: belisca suavemente o cotovelo dela, a pele que sobra, enrugada, e adormece como quando era um pequeno batman.

Eu entendo o que ela diz, "neto é filho com açúcar" e aceito o papel que me cabe nesta relação indecente: elos de uma corrente, a mão dela enrugada e envelhecida, a minha mão entre as deles, a dele, firme e pequena ainda.

E o entendimento definitivo da eternidade, de que a gente não morre, de que a gente fica, se perpetua, que a imortalidade é isso: energia, calor, vínculo, amor.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MUITO SE PODE FAZER!



Esses dia estive lendo os posts da Camille, esse em especial, e fiquei pensando na variedade de sucos, que podemos tomar por aqui.
Isso pensando no quanto podemos ter uma vida saudável, com frutas frescas, e pensando no desperdício que vejo por aqui.




Acima, mostro a quantidade de acerola colhida diariamente, isso sem mostrar a perda imensa que ainda há, pela quantidade.





Goiaba? por qualquer lugar que você ande, se depara com uma imensidão de goiabas, que chega a cheirar mal pelos quintais e calçadas.
Esses dia mostrei a fruta do conde, que estamos também em pleno tempo de colheita.
Agora, findo o período das mangas, começa o tempo dos abacates.
Mas aqui, tudo é em grande quantidade. E como todo mundo tem em seus quintais, não se dá conta de aproveitar tudo.




Eu, tenho pena de ver as frutas se estragando. Sempre procurei aproveitar tudo, e agora não tenho dado conta.

Das goiabas, esses dias fiz doce. Está aí, uma deliciosa goiabada.
Suco de manga, goiaba, limão, acerola pura, acerola com limão, acerola com papaya, com goiaba, com manga, enfim, ninguém quer mais suco de acerola. Ninguém quer mais suco de nada, que tem muito em casa.

Fiz geléia de manga, geléia de acerola, de goiaba, ufa!!! É muita fruta!

Assim é a vida aqui no interior, quando vai acabando o tempo de uma fruta, outra, começa seu período.
Não dá para reclamar, muito menos, morrer de fome em cima da terra, como já vi gente que não tem coragem de criar, de aproveitar o que a natureza tão generosamente nos oferece. E em grande quantidade.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

COMO CONFIAR NOS CORREIOS?


A empresa dos correios no Brasil, já foi respeitada e muito conceituada.
Hoje, há controvérsias.
Meu filho foi contratado pelos correios, através de uma empresa terceirizada, para trabalhar temporariamente por tres meses, como carteiro, na época de trabalho intenso no final do ano passado.
A única coisa que recebeu dos correios foram duas camisas usadas, pois sem elas, não adentraria em determinados locais, como alguns condomínios.
Trabalhou por tres meses, sob chuva e sol escaldante, que temos aqui nessa região do interior de São Paulo.
Nem um calçado, para andar os quilometros que deveria, nem um guarda chuvas, para os dias que levava muita água no lombo.
O pior, não recebeu um centavo, referente aos meses de dezembro e janeiro. Nem vale transporte, nem vale refeição, e, muito menos o salário devido.
Os documentos pedidos, como carteira profissional, e cópias de RG e CPF, entre outros, só Deus sabe por onde anda.
A empresa dos correios é, ou deve ser responsável.
O ministério do trabalho disse que só poderia registrar a reclamação, que deveria constituir um advogado.
Como, se não recebeu salário? Como pagar honorários advocatícios?
O sindicato dos carteiros, informa que nada pode fazer, pois é uma empresa terceirizada a contratante.
A ouvidoria dos correios não se manifesta.
A quem recorrer?
Será que só a Deus?
Ah! a defensoria pública também, diz que não tem advogados para esse tipo de causa.
Alguém sabe onde podemos pedir socorro?
Não confie nos correios. É perigoso.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VIDA DIFÍCIL!

Márcia tem um bebè com oito meses.
Assim que acabou sua licença maternidade, voltou a trabalhar. Bancária há algum tempo , não pode se dar ao luxo de ficar em casa, como queria, e criar seu pequenino.

Contratou Luzinete. Já a conhece, e sabe que pode deixar o filho, que será bem cuidado.

Luzinete, por sua vez, tem três pequeninos. João de sete, Pedro de seis e Sofia de três.
Também não pode se dar ao luxo de desprezar o salário mínimo que recebe de Márcia.
O problema é que os dois meninos, já não têm direito à creche.

Agora em período de férias escolares, não sabe mais o que fazer, para deixar os meninos, enquanto cuida do bebê de sua patroa.

Na época de aulas, são só alguma horas, em que ficam sózinhos. Não chega muito tarde. Mas agora, cada dia uma pessoa diferente cuida de seus meninos.
Não sabe mais o que fazer, pois esta semana, tia Cida já não fez cara boa, ao pedir para que João ficasse com ela.

Gostaria de poder cuidar de seus meninos, com o mesmo carinho que cuida do bebê de Márcia, mas a situação não está nada boa. Precisa trabalhar, os meninos estão precisando de roupas, e o dinheiro do pai, só dá para a alimentação.
Meninos não precisam só comer.

Se ao menos a prefeitura tivesse um programa para atender essa necessidades das mães que precisam trabalhar. Não dá para deixar duas crianças assim tão pequenas sózinhas. É muito perigoso.

Chega à conclusão, que pobre tem mesmo é que danar.
Recebe para não deixar uma criança sózinha, mas não são as suas.

Afinal as oportunidades e facilidades nunca foram iguais para todos.

Continua fazendo de conta que não percebe a cara feia das pessoas que ficam com seus filhos. Um dia isso vai passar. Eles vão crescer, e quem sabe terão uma vida um pouquinho mais fácil que a sua.

RETORNO

Estou voltando.
Vou preparar um post, e coloco ainda hoje.