sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

NATAL É GENEROSIDADE TAMBÉM.




Bom, neste último post falei do que vivi em minha casa, com meus pais, do que eles nos ensinaram, e o que de bom sobrou disso tudo.
Faltou falar sobre a generosidade deles que convivemos em nosso dia a dia.
Não por uma única vez, por muitas vezes vimos em minha casa atos de generosidade, até porque naquela época isso era possível.
Como morávamos no interior, era comum, até pela região, próxima do Mato Grosso, vermos passagem de grandes boiadas em nossa rua, rumo aos frigoríficos da região.
Por muitas vezes vi meu pai recebendo em nossa casa aqueles peões, ou cavaleiros que guiava as boiadas.
Pessoas que nunca tínhamos visto, e que nunca mais vimos, eram recebidos em casa, para o "pouso", isso literalmente, meus pais ofereciam um prato de comida, um banho e uma cama, no dia seguinte o cidadão se levantava, tomava um café, agradecia muito e partia, para o seu destino.
Sei que hoje isso é impossível. O mundo mudou, as pessoas mudaram, a gente não pode receber dentro de nossas casas assim, pessoas que nunca vimos. Existem riscos.
Se aparecia alguém em minha casa, pedindo um prato de comida, era um número bem menor, mas já existia, diferente dos dias de hoje, que em uma viagem de ônibus em S Paulo de meia hora, nos deparamos com mais de uma dezena de pedintes, pois bem, lembro que meu pai, ia ao fogão, esquentava a comida, fazia um prato e chamava a pessoa à mesa para comer.
Não havia medo, havia amor ao próximo, havia solidariedade, havia muita generosidade.
Isso foi mais um exemplo a seguir, eles não nos disseram que tínhamos de ser assim, vivemos isso, e tiramos nossas próprias conclusões, nossas próprias lições.
Mais uma vez acho que isso também me fez melhor, me fez dar valor às pequenas coisas.
Ainda falando sobre o natal, são essas pequenas coisas que acho ser o verdadeiro sentido do natal, não o consumismo.
Isso acontece todos os dias do ano, por isso prá mim, natal é todos os dias.
Tempo de renascer, todos os dias temos que renascer, prá sermos melhores, mais generosos, mais desprendidos.
A querida Geórgia me ofeceu este selinho do natal, que é tão lindo, mostra um coração bonito, sem manchas, sem mágoas, sem dor.
É assim que quero o Natal de vocês meus amigos que amo tanto. Com muita alegria, muito amor, muito desprendimento e generosidade.
Um beijo natalino a todos.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Ana, vim aqui atravez de um comentário no Rammes. O que voce escreveu é verdade, moro no interior do Paraná, e antigamente era assim mesmo, parece que as pessoas não tinham tanta maldade no coraçao como hoje, os portões não eram cadeados. Na sua terra eram boiadas e na minha eram os caminhoneiros, filas enorme em frente de casa para descarregar soja na fabrica de azeite. Muitas vezes a mulheres que vinham junto tomavam banho la em casa. Hoje não da pra recolher um estranho ou estranha. Grande abraço! Um Feliz Natal pra voce!

Maria Augusta disse...

Que mundo é este, que não podemos nem ser generosos sem corrermos riscos, né? Que pena, talvez o mundo tenha evoluido tecnologicamente, mas o lado humano regrediu.
E você tem razão, Aninha, Natal deve ser todos os dias.
Um grande beijo e Feliz Natal para você e os seus.