terça-feira, 25 de novembro de 2008

HÁ DIFERENÇAS! II

Quando fiz meu último post, o que mais queria enfatizar, é a maneira como levávamos à sério nossa alfabetização. O quanto conseguíamos aprender.
Claro que isso se deve também ao empenho e seiriedade dos professores preparados, e que amavam o que faziam.
Recebi este comentário da minha amiga querida Denise:

Aninha,
Infelizmente, hoje em dia, não há mais concurso para ingressar no Curso de Formação de Professores, o antigo Curso Normal. Qualquer um pode entrar, sem prova alguma. O resultado é este: professores despreparados.
Eu sou de outra época. Fiz concurso para entrar para o Ginásio, para o Curso Normal, para a Universidade, para o Magistério. Fico muito preocupada com as generalizações.
Você conhece um pouco de meu trabalho. Assim como há médicos e outros funcionários públicos que envergonham a profissão, também há ótimos prodissionais.
Eu já estou em final de carreira, mas, o que ainda posso fazer, estou fazendo.
Seu post está ótimo, embora eu sinta falta de que se faça menção aos bons profissionais que recebem o estigma de seus maus colegas.

E, claro que concordo com ela em tudo.
A Denise é uma peça rara na educação.
Talvez do mesmo tempo dela, eu tenho alguns exemplos de professores que foram de meus filhos, Pablo e Tiago, no curso fundamental, ainda ginasial naquela época.
Prof. Luis de geografia, profª Eliete e Elivanete, duas irmãs.
Tínhamos longas conversas sobre a educação que já estava indo pro brejo, mas eles eram sérios, obrigavam às leituras, cobravam resultados, nos envolvia na formação das crianças.
Nós percebíamos muito claramente a diferença entre os professores da mesma escola, dos mesmos alunos.
Como disse a Denise, eles ainda eram como ela preparados para o magistério, e mais, sentíamos neles um orgulho de serem professores, gostavam do que faziam.
A diferença, exatamente aquelas diferenças que quiz ressaltar no post, é exatamente a de que existem pessoas e pessoas, em todas as profissões.
Quem nos dera, hoje ainda tivéssemos mais Denises, mais Luis, Eliete e Elivanete, entre outros.
E, tenho certeza, prá eles também não é nada fácil, a cada dia fica mais difícil e mais perigoso ser professor, bom professor então, vai ficando mais e mais raro.
Denise, prá quem não conhece, criou um blog, para incentivar a leitura de seus alunos.
Lá eles colocam seus pontos de vista sobre o que leram, formam rodas de discussão, enfim... Os alunos dela têm motivos para ler, para ir além.
Quando ela esteve aqui conosco no ano passado, tivemos longas conversas sobre a educação, e prá Denise eu tiro meu chapéu!

6 comentários:

Blog do Beagle disse...

Ana, escola perdeu o sentido diante das modificações da vida por causa da internet. Quando eu era menina e até já adulta, a escola era a fonte de informação mais confiável que tínhamos. Hoje em dia, a internet é mais rápida, barata e objetiva. Para que ir à aula e ficar lá ouvindo os professores e fazendo lição? Sem saudosismos, entendo que a escola precisa mudar. Bjkª. Elza

Cadinho RoCo disse...

A educação não pode ser encarada como simples profissão porque nela há uma necessidade enorme de entrega e talento. Não adianta querer ser professor(a) sem ter a veia da comunicação, a sensibilidade do ensinar, que é tarefa pra lá de admirável.
Cadinho RoCo

Cris disse...

Aninha, querida..

Sou professora há pouco tempo ( 4 anos ) e ensino a vivência profissional entremeio ao academicismo muitas vezes limitador.

beijo, linda. A correria continua. (Ainda bem, não é? )

beijão.

Yvonne disse...

Aninha, o que dizer? Não sei, só a me envergonhar. Beijocas
P.S.: Como não estou muito bem, leio posts como esse seu e me dá vontade de não abrir a boca.

Anônimo disse...

OI Aninha...

Interior de São Paulo, linda. Marília.Conhece?

Beijão, querida.

Cris disse...

Aninhaaaa!!! Você acredita que eu estava outro dia pensando cá com meus botões que um encontro desses bem que podia acontecer?
Vou fazer o possível e também o impossível pra ir, querida. me manda um email para podermos falar melhor.

urbe@flash.tv.br

Beijão.