quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ADOÇÃO É AMOR!

Prometi para a Geórgia que falaria algo, sobre a blogagem de adoção.

Confesso que não tenho particularmente nenhuma experiência para falar, porém tenho alguma pessoas de minha família, que fizeram adoção, e o que eu vejo, é que amor de pai e mãe, é uma coisa incrível.
Brota.

Quantos filhos você tenha, o amor, brota, cresce, incondicionalmente.

Ilda, minha cunhada, começou a cuidar de uma criança, ganhava para isso. O pai da criança precisava trabalhar, e a mãe havia abandonado pai e os filhos.
Frank, com 1 ano e meio.
E Frank foi ficando, as vezes o pai chegava tarde e não vinha apanha-lo, e foi ficando, até que o pai não veio mais.

Sem burocrocacia, sem papelada, apenas foi sendo deixado, segundo ele, aos cuidados de quem ele via já tinha amor pelo seu filho.
Não preciso nem dizer, que Frank conquistou a todos, que se transformou na paixão da casa.

Meu irmão e cunhada, tinha dois filhos. Frank foi o terceiro.
Alguns anos depois, com a autorização do pai biológico e da mãe que reapareceu, conseguiram a adoção legal.

Hoje com 14 anos, é o companheiro dos dois, uma vez que os dois filhos mais velhos já estão casados.

Amor por Frank? É impressionante, o quanto existe.

Mais dois casos na família, mais um irmão que adotou uma filha dessa mesma forma, e um sobrinho, que adotou um filho, este num abrigo para menores. Nesse caso, houve todo um trâmite da justiça, mas não acompanhei muito de perto.

Acho importantíssimo essa disponibilidade de amar, essa aceitação verdadeira que existe numa adoção.
Amor por uma criança, é muito fácil de sentir, eles são cativantes. Mas é também um assunto muito complexo.

Existe muito sentimento, as vezes conflitantes.

Digo isso, por que vejo muitas vezes, uma confusão de sentimentos do bem. Ele foi adotado.

Embora tenha certeza do amor, carinho, gratidão que sinta pelos pais adotivos, que já se foram, há o questionamento: Não teria sido melhor que eu tivesse ficado e crescido junto aos meus?

Foi separado da família biológica, cresceu longe da mãe e dos irmãos, e hoje sente uma certa distância dos mesmos. Por mais que queira se sentir próximo, não houve convivência, não houve por anos a fio cumplicidade, carinho e troca de amor.

Eu, particularmente, se pudesse adotaria não um, mais quantos fosse possível. A questão aqui no meu post, é a possibilidade de amar. E como eu disse no início, o amor brota, como planta em terra fértil, não acaba nunca.

Este post faz parte da blogagem coletiva proposta pela Geórgia e Dácio

7 comentários:

Ví Leardi disse...

Aninha ,
como sempre seus textos são ótimos...Complexo este assunto,mas muito admiro quem adota e faz disto um sucesso..nem sempre é fácil...Amor é sem dúvida o essêncial, mas nem sempre o suficiente...
Espero tudo esteja bem com vcs e Erikinho sem maiores problemas com sua asma...Estou com saudades...Quando é vc volta? Temos um café esperando...beijos todos... Vi

Fábio Mayer disse...

Tem sido meio complicado eo visitar todos os blogs que as vezes me visitam, por falta de tempo.

Mas nesta blogagem estou fazendo o esforço necessário, e deparei aqui, com este belo post.

Parabéns!

Muita gente diz que blogagem coletiva não tem importância, porque não gera efeitos práticos.

Eu discordo, especialmente com o que representa ESTA blogagem sobre a adoção.

Isso porque, o grande efeito desta blogagem é fazer com que uma pessoa que esteja pensando em adotar, tenha subsídios para decidir pelo sim ou pelo não, em razão do fato de que os muitos post sobre ela, mostram as várias faces da questão.

Sonho Meu disse...

Em toda minha familia, tanta a brasileira quanto a americana, nunca houve um caso de alguem que adotasse uma criança. Mas eu pudesse, adotaria sim, porque adoro criança. Quando trabalhava como babysitter ate recentemente, eu adorava as crianças que eu cuidava e pra mim eles eram meus netos, apesar de estarem com um monte de problemas de maus comportamenttos. Mas com carinho e muita conversa consegui bota-los nos trilhos.
bjs,
me

Anônimo disse...

Oi Aninha, poxa mas que que legal eles terem optado pela adoção.
Eu tenho planos de fazer uma adoção, mas acho que ainda tem muita burocracia, enfim quem sabe um dia.
Bjos bom fim de semana.

Blog do Beagle disse...

Aninha, só amor não basta, não, mas, respeito seu ponto de vista. Eu não sabia que o Bem tem blog... Bjkªs estalads e cheias de carinho. Elza

Anônimo disse...

Ana, bonito depoimento.
Como sempre participando com muita inteligência, comentários objetivos e sinceros.
Um beijo. Ótima semana.

Ví Leardi disse...

Querida Aninha...não vou viajar...mas com muitas prioridades entre a mudança de minha mãe para mais perto de mim, o casamento de minha filha e uma reforma tive de parar um pouco...mas de vez ou outra venho te ver...beijos querida.