quinta-feira, 14 de agosto de 2008

SAÚDE PÚBLICA? ONDE?

Ontem lá na Luma, lí um belo e explicativo post sobre a auto-medicação.
Hoje eu tive médico, por isso associei o assunto.
Esta consulta estava agendada para terça feira dia 12. O médico não veio. Foi remarcado para hoje às sete da manhã.
Cheguei as 6:45hs. O médico chegou as 9:10.
Era o sétimo paciente, e as 9:35hs já estava na rua.
Portanto, em vinte e cinco minutos, ele atendeu sete pacientes.
Com uma folha de exames, solicitados por ele, exames de sangue e urina, para controle do colesterol e suas companheiras.
Na semana passada, não estava muito bem, e como fazia uns cinco meses que não passava pelo médico, marquei a consulta.
Tomo remédio contínuo, e de quatro em quatro meses o médico troca a receita, e eu os recebo em casa, todos os meses.
Bem, depois de expor o mal estar sentido, e já passado, ele apenas me pediu os exames.
Não se levantou de sua cadeira, não tocou em mim. Nem mesmo auscultar, para ver se os batimentos cardíacos pareciam normais, nada, nadinha.
Comentando com o bem em casa, ele me disse: Os médicos poderiam atender por telefone né?
Sim, porque ele ia lendo meu prontuário, me perguntou se parei de fumar.
_ NÃO!
Isso poderia ser feito por telefone, assim não teria ficado lá sentada por duas horas e meia, ouvindo um monte de conversa fiada, para não durar nem cinco minutos a consulta.
Assim é a saúde pública.
Então fiquei pensando no post da Luma, embora muito esclarecedor, mas eu me pergunto: O que fazer?
Você tem um mal estar, consulta o médico, ele pede exames, que vou amanhã marcar, porque o horário de atendimento é das 8 às 12hs, os exames estão sendo marcados entre 40 e 60 dias, e até lá?
Hoje não temos nem mesmo aquela figura do bom farmacêutico, só balconista de farmácia.
E aí? O que fazer?
Como, em algumas situações, não se auto medicar?
É complicado né?

8 comentários:

Anônimo disse...

Muito complicado mesmo Aninha, infelizmente...

Tudo bem com vocês?
Eu desejo que sim, saudades...eu ando mesmo muito sumida, e vida tá muito corrida!

Dá um abraço no Valter, e outro para você, um bom fim de semana, carinhosamente, Cris

dade amorim disse...

Saúde é a coisa mais importante do mundo, Aninha. Mesmo assim, fica em terceiro ou quarto plano nos programas oficiais. A saúde do povo, claro, que a "deles" está muito bem, obrigada.
Muita saúde pra você e todos que você ama, amiga.
Beijos

Anônimo disse...

Além da SAÚDE PÚBLICA, a ÁGUA merece nossa atenção!

Bjs Aninha, SAUDADES!

Lord Broken Pottery disse...

Aninha, querida,
Esse é um dos assuntos que mais me preocupam. Como envelhecer em um país sem saúde pública? Pobres de nós.
Beijo grande

Sonia H. disse...

Aninha,

Lamentável mesmo...

Penso nos impostos altos que pagamos... Cadê o retorno? Nem mesmo quando tinha CPMF era bom.

A saúde e educação públicas estão falidas.

Infelizmente. Um absurdo esperar tanto tempo para ser atendida e o médico mal olhar para o paciente.

Cuide-se, Aninha. Se conselho fosse bom, né... eu sei... ( mas adoraria saber que um dia você decidiu parar de fumar...)
Não se chateie comigo.

Muito carinho e uma ótima semana para você!

Beijos,

vivendo disse...

Vovó Aninha,
a gente veio aqui te dar um beijinho e dizer que suas palavras foram muito confortantes lá no blog!Obrigada sempre!A gente te ama!Vivi e bebê

mundo azul disse...

Há de se ter muita paciência!

Gostei de ler o seu texto!


Beijos de luz...

Anônimo disse...

Ana, penso ser um problema insolúvel. Quem acha que se os médicos do serviço público ganharem mais atenderão melhor e mais demoradamente, engana-se. Eu conheci um médico pediatra do antigo INPS que reservava no mínimo meia hora para cada paciente. E se recusava a atender depois da hora. Ele dizia ser preferível atender bem a poucos do que mal a muitos. Tenho uma sobrinha (idealista) que logo que se formou ingressou no INSS por concurso, mas abandonou tudo quando viu a espécie de atendimento que dispensavam aos pacientes. O que mais dói é ter de encarar esses candidatos a vereadores e prefeitos promentendo mundos e fundos: "Vou lutar pela saúde pública bla´bla´..." Que castigo.
Beijo