terça-feira, 29 de junho de 2010

NECESSIDADE É IGUAL A CRIATIVIDADE. PARTE II


Continuação do post anterior.

Mas isso tudo agora, são coisas que voltam à minha cabeça.
Hoje tudo está diferente.
Os meninos estão todos criados, cada um com sua casa e seus meninos.
Os meninos deles, já não passam o que eles passaram. Cada um tem o seu "colchoado", que eles chamam de "edredão".
Nem mesmo eu, aqui sózinha, sinto mais frio.
Ganhei deles, um "colchoado" desses, muito macio, e bem quente. E é muito levinho.
Além das cobertas, que hoje estão sobrando aqui em casa, hoje vivo sózinha. Depois que o Zé foi embora, e os meninos se casaram, fiquei sózinha. Não quero ir morar na casa de nenhum deles, quero o meu canto, ainda ganhei da "pequena", umas meias de lã, dessas, bem compridas que me esquentam bastante.
A "pequena" comprou uma máquina, e aprendeu a fazer roupas para o frio, e sempre me traz coisas quentinhas.
Hoje nada me falta.
Descobri ainda, com eles, coisas novas e boas.
Dia desses, a " pequena" e o marido dela, me trouxeram um requeijão de copo. Nunca tinha comido antes. Que coisa boa! Agora não deixo mais faltar aqui em casa.
O dinheiro da aposentadoria que recebo, é pouco, mas ainda sobra, não gasto tudo, e os meninos estão sempre por perto, para ver se nada me falta.
Vivi dias difíceis, para criar esses meninos. Dias que achava, não teria o que lhes dar de comer.
Mas Deus nunca nos abandonou, sempre me trouxe alento, e me fez cada dia ter mais fé e esperança.
Hoje olho para trás, e me sinto agradecida, por ter criado meus filhos, e ver que eles se gostam, se respeitam, cuidam, uns dos outros.
Nunca sonhei com a riqueza material, mas sonhei muito com uma família unida pelo amor.
Isso eu consegui.
Agora sim, estou pronta.



Bem, agora, devo ficar uns dias longe daqui.
Cuidem da minha casa.
Vou ali, ver os meninos que ainda estão por aqui, por esse mundo.
Volto logo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

NECESSIDADE É IGUAL A CRIATIVIDADE.

Essa noite geou.

E, agora está chovendo.

Não posso ir para a roça. Preciso muito trabalhar, mas com chuva não dá.
Mas Deus, sabe o que faz. Precisamos de chuva também.

Vou aproveitar o dia, e fazer aquele "colchoado" que preciso.
O Zé, essa noite, já começou com aquele soluço. Fiquei com medo de precisar de novo chamar o Pedro da farmácia para aplicar nele, uma injeção. Mas depois que embrulhei os pés dele com jornal, ele se esquentou um pouco e o soluço foi embora.

Enquanto todo mundo ficou à beira do fogo, que fazemos todas as noites no chão, ninguém sentia frio, mas quando vamos para a cama, a coisa fica ruim.

Juntei os meninos numa cama só.
Eles não gostam, dizem que a coberta pouca, fica mais difícil quando um puxa de um lado, outro puxa do outro.

São as cobertas "peleja", que o turco vendeu.
Aquele miserável disse que elas não iam encolher, mas foi só lavar que elas não cobrem os pés, se quiser cobrir os braços, puxa de um lado, puxa de outro, e elas parecem ficar cada vez menores.

Vou aproveitar o algodão que seu Mário me deu no fim da colheita e os sacos de estopa, para fazer os "colchoados".
Os meninos não gostam não. Dizem que os caroços do algodão pinica, mas acho melhor que o frio.
Para forrar, tenho bastante trapo para remendo. Posso emendar tudo e fazer o forro.
Até de noite, ele vai estar pronto.

Hoje o frio não vai "judiar" tanto dos meninos. Com mais esse "colchoado", não preciso juntar todos eles na mesma cama.

Talvez até, se os sacos de estopa forem suficientes, dá para fazer dois, e aí, dá para esquentar os pés do Zé também.
Mas o jornal tem sido uma boa saída. Esquenta os pés.

terça-feira, 15 de junho de 2010

MUITO TRABALHO.




Desculpem a falta de visitas e postagem.
O tempo está curtíssimo.
Vejam aqui e aqui por onde ando.

terça-feira, 8 de junho de 2010

SANTIAGO DO CACÉM!


E a nossa viagem continua.
Logo no início da primeira semana, fomos conhecer Santiago do Cacém.
Uma pequena e maravilhosa cidade, cheia de encantos e história guardadas num pequeno território.
Num ponto alto da cidade se avista o belo castelo, que como deve ser, está aí com toda a pompa.
Toda a pequena estrada que percorremos juntamente com a Vitória, que nos levou a conhecer, é cercada de uma vegetação estonteante. Um verde que parecia uma pintura, sem contar a quantidade de flores, de todas as cores e tipos.




Já no alto, um belo mirante, que nos permite visualizar toda a cidade. E um banco para descansar.




Belas ruínas romanas. Muita história encravada nessa pedras.




Outra parte das ruínas. Impossível mostrar tudo que vimos.




Um moinho de vento, que dará um outro post. Aqui o fubá fininho, feito pelo moinho.




As oliveiras. Tenho uma paixão por elas. E tive o prazer de ve-las, já com pequenos frutos.



Pausa para um merecido descanso.
Depois de um longo passeio pelas ruínas, fomos almoçar num restaurante maravilhoso lá perto, onde pudemos comer um javali, fruto da caça local.





Aqui o simpático Restaurante a Deolinda. Uma comida deliciosa e uma simpatia peculiar nos portugueses.




Aqui a simpática Deolinda, que nos fez prometer voltar, e, claro, que voltaremos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

MEU ENCANTAMENTO!



Chegamos à Portugal.
E nosso destino primeiro era a casa da querida amiga Vitória.
Aqui estávamos nós, na pequena e jovem cidade Vila Nova de Santo André.
Uma cidade que nos apaixonamos, e que embarcaríamos definitivamente para morar.
Cidade limpa, com tudo que seja necessário para se viver bem.
É verdadeiramente encantadora a cidade.




Muita terra e uma vegetação maravilhosa.
O Bem está recomendando a cidade.




Nos instalamos na casa da amiga Vitória, que gentilmente nos recebeu com carinho, ela e a mãe, a doce D. Avelina, por quem guradamos em nossos corações muito carinho, e trouxemos conosco.
Esse carinho e gratidão, ficarão para sempre guardadinhos.
Foi uma maravilhosa conquista.




A cidade é assim, pequena, acolhedora e com muito conforto.



As frutas e flores por onde quer que andássemos, me encantou e me apaixonou.
Aqui um pé de limão, em franca produção, e que é mais comum que se pode imaginar em todas as casas.
Duas frutas encontra-se com muita frequência e quantidade. São os limões e as nesperas, que eu chamo aqui, simplesmente de ameixa.
Em todas as casas se via um pé delas, carregadinho e amarelinhas.
Enfim, Portugal me encantou.
E devemos isso à Vitória, que nos levou até lá, nos recebeu, e nos levou a conhecer muitas coisas que ainda mostro aqui.
Tem muito mais. Vou mostrando os lugares que conhecemos.


Aqui mais fotos e relatos sobre a nossa viagem.


E hoje é aniversário da querida Vivina. Que você seja muito feliz querida amiga.
Prá você todo o nosso carinho.
Beijos da familia Ferraz.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

IR É BOM. VOLTAR ENRIQUECIDO É MELHOR.

Cá estamos.
A viagem foi maravilhosa.
Cansativa, como tem de ser, para quem vai conhecer lugares novos.
A sensação gostosa de chegar em casa, não é explicável.
Todo cantinho da casa para ser visto, para matar saudades.
Dormir no seu travesseiro, na sua cama.
Tomar banho e usar o seu banheiro.
E o melhor, fazer a sua comida, aquilo que lhe dá prazer.
Chegamos loucos de vontade de comer arooz e feijão, e fui chegando e fazendo.
Tive a grata surpresa de ver que meu canteiro de almeirão, que deixei bem novinho, estava todo bonito e viçoso.
Já fui colhendo as folhas e comemos uma deliciosa salada.
Aos poucos vou falando sobre a viagem, sobre lugares e pessoas maravilhosas que encontramos.
Preciso organizar as muitas fotos que trouxemos, e vou mostrando à vocês.
Foi uma experiência maravilhosa, e valeu cada minuto.
Estou em fase de organização da casa também, e já cheguei aqui com algumas encomendas de roupas, porque ao que parece o frio por aqui está chegando cedo.
Aguardem as fotos.