quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E OS SENTIMENTOS?

Esses dias lía essa matéria, e confesso fiquei estarrecida.
Embora já soubesse disso, mas quando li, não pude deixar de pensar, em quanto as pessoas podem e conseguem ser tão cruéis, quando isto vem de encontro aos seus interesses.
Incrível imaginar e ver que uma mãe, pode usar seu filho, para atingir seus objetivos, ou seja, sua vingança.
Em nenhum momento se pensa no bem estar da criança, não se pensa nos sentimentos das crianças, aliás, para este tipo de mãe, criança não tem sentimento, não tem "querer".
A matéria é muito boa, mostra bem os dois lados da moeda.
A íntegra está aqui:



Um crime silencioso acontece dentro dos lares brasileiros. Frequente, porém sutil, muitas vezes está disfarçado de amor e cuidados. Na maior parte das vezes, é cometido por mães, seres santificados pela sociedade e pela Justiça, mas que podem se transformar em criaturas levianas e egoístas quando se transforam em…ex-mulheres. Quem não tem um familiar ou amigo que está sendo afastado de seu filho após a separação? Quem não ouviu as histórias mais escabrosas sobre pais divorciados que ganham cabelos brancos brigando na Justiça por um pernoite com suas crianças? Quem não sentou na mesa de bar com um amigo que luta para poder ser um pai de verdade e ficou até de madrugada ouvindo seu desabafo de homem amargo, confuso e, principalmente, impotente?

Eu coleciono tais histórias entre meus amigos. Um deles passou o último aniversário do filho rodando em todos os endereços em que ele poderia estar - o da mãe, dos avós maternos, de parentes. Em vão. Ninguém atendeu o interfone ou lhe deu informação decente. Não conseguiu dizer parabéns. Outro briga na Justiça há um ano para conseguir um fim de semana inteiro. O filho, de dois, não sabe mais o que é dormir com o pai. Um teceiro batalha para conseguir atenção da filha adolescente, que se sente traída e abandonada, seguindo a cartilha da mãe.

Esses homens devem alguma coisa a alguém? Não. Trabalham, pagam suas contas - e as do filho! Deles foi cobrada participação quando eram casados. Trocaram fraldas, passaram noites acordados, seguindo a cartilha do novo pai. Por que agora se transformaram em cidadãos sem direitos aos olhos das ex-mulheres? A palavra é uma só: vingança. Quantos pais ouviram de seus fihos: não quero ir com você? Verdade? Ou apenas um conflito de fidelidade da criança, diante do comportamento e das posições da mãe?

Continua....

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A DOR DA PERDA

Quando a menina pequena abre os olhos de manhã cedo, pergunta logo Cadê mamãe? Neste dia não tem resposta. Nunca mais terá resposta a essa pergunta. Mazi disfarça, diz que a mãe foi ali e volta já, mas o dia inteiro se passa e a mãe não volta. Irritada, inquieta, a menina não consegue brincar, chora, não tem apetite: Não quero comer esta porcaria!, joga o prato em cima de Mazi.

A menina percebe que alguma coisa está profundamente errada. Não sabe o que é, porém seu corpo alerta indica o perigo a rondar. Precisa da mãe ali para protegê-la, defendê-la. Chama por ela, chora por ela, mas desta vez a mãe não está ali junto, sumiu. Muito confusamente a menina intui que o problema é a mãe, a mãe é o problema, mas não entende nada, e chora.


Quando o pai enfim volta para casa, a menina voa em cima dele. Pula em seu pescoço, ansiosa: Cadê mamãe?, mas o pai a devolve ao chão. A menina percebe que o pai não olha para ela, o olho dele está saindo pela janela, longe. Parece muito cansado, o seu pai. Cadê mamãe, cadê mamãe?, insiste. A resposta chega como surra:


— Mamãe está doente. Vai precisar ficar no hospital.


Doente? Mas mãe não fica doente! Pela primeira vez, o pai sorri. “Fica, sim. Lembra quando ela sentiu aquela dor de garganta e teve de ficar na cama? Estava doente.” Mamãe tá com dor de garganta? Não. Tá com dor de dente? Não. Com dor de olho? De nariz? Andando atrás do pai, a menina vai repetindo a mesma pergunta, com a troca só da última palavra. Não estava nem na metade da sua lista de partes do corpo, quando o pai dá um berro: “Chega! Me deixa em paz!” tão súbito e alto e aterrador que a menina escorraçada dispara rumo à cozinha, vai chorar no colo de Mazi.


Nesta noite, ela consegue dormir só muito tarde, depois de Mazi cantar o sapo cururu várias vezes e seus olhinhos se fecharem de exaustão.


Sonha com a figura forte da mãe a seu lado, as duas caminhando juntas pela rua clara de sol, uma brisa que vem do mar levantando os cabelos delas, a sua mãozinha protegida dentro da mão firme da mãe. Ela observa admirada aquela mãe tão bonita, alta, elegante, empinada. Ri pra ela, de pura satisfação. Com mamãe, eu não tenho medo de carro. Não tenho medo de cachorro. Nem medo de sumir na multidão. Nem medo de esquecer o caminho de casa. Mamãe sabe. Mamãe conhece todos os caminhos. Mas no sonho então a mãe se vira para ela, rosto sério, e diz: “Estou perdida. Não conheço mais os caminhos.”


A partir daí a vida da menina vira confusão barafunda anarquia desarranjo, ela aos trambolhões de uma casa pra outra, o pai no trabalho ou no hospital, Mazi dando adeus e indo embora, um monte de gente estranha em volta, seu mundo de ponta-cabeça, todas as coisas, todas as pessoas fora de lugar, pesadelo.


A menina pergunta a cada hora Por que mamãe tá demorando tanto? Ninguém sabe lhe responder. “Como contar a uma menina pequena que sua mãe ficou doida?”, pensam. Quando mamãe vai voltar?, insiste. Ninguém conhece a resposta. À hora de dormir, no escuro, a menina passa devagar a ponta da fronha no rosto, enquanto pensa perguntas que não tem coragem de dirigir aos outros: Por que mamãe não me disse onde ia? Por que não me deu adeus, beijo, nada? Por que ela me deixou aqui sozinha?



No dia seguinte, retorna à pergunta habitual: Quando mamãe vai voltar?


Aquela mãe nunca voltou.


A mãe que sabia todos os caminhos nunca voltou.

A filha não a esquece. Como poderia, se a vida inteira tem caminhado ao seu lado na rua clara de sol, passo a passo com a silhueta sem carnes, com a evocação do vulto esbelto, elegante, altaneiro, a vida inteira assombrada pela convivência íntima com o enigma, com a ausência gigantesca que entretanto misteriosamente ainda é capaz de lhe indicar caminhos?
Janaína Amado.

O texto da Janaína, mostra bem o sentimento que tenho.
Embora, já adulta, no dia 21 de agosto, há doze anos, me senti como a menina, abandonada e triste, quando minha mãe, se juntou aos anjos do céu, deixando entre nós apenas saudades.
Ainda me faz falta, mãe.



domingo, 16 de agosto de 2009

BONECA DE LOUÇA.

Imagem daqui:


Isso aqui é só um aperitivo:

Quando seus dedinhos grossos conseguem finalmente erguer a tampa da caixa, quase sem respirar grita É uma menina! Ganhei de presente uma menina! E se desconcerta, porque os adultos em volta riem, e detesta que riam dela. Como assim boneca, se as suas bonecas são pequenas e moles, de pano, só a cara têm de louça, seus grandes olhos pintados não se mexem, mas esta... Ah, esta dorme e acorda, acorda e dorme, esta tem cabelos cacheados de fada — a menina sente incontrolável arrepio de satisfação, ao tocar os cabelos da boneca —, esta mexe os braços pra cima e pra baixo, veja! O tio lhe mostra que a boneca... anda como eu! Usa batom e rouge e veste um vestido cor de rosa de festa e um chapéu de festa e sapatos e meias rendadas de festa tão lindos como eu nunca tive nem nunca vou ter na vida.
Texto completo aqui:


Janaína escreve assim, lindamente. Usa as palavras com maestria. Faz das palavras, um conjunto de coisas que nos dá arrepios.
É a competência para escrever.
Não tenho esse dom, mas o texto dela me lembrou a minha história.
Também tive uma boneca de louça. A única boneca que ganhei de minha mãe, na minha vida. Nunca, antes, nem depois ganhei outra.
Minha mãe viajou do interior de S Paulo, para Aparecida do Norte, como fazia, todos os anos.
Neste ano, eu fiquei, e como prêmio, ganhei uma boneca. Ela era linda, quase do meu tamanho, e todinha de louça.
Ninguém do meu convívio, tinha uma boneca tão grande e tão bonita.
Era um sonho, sim, um sonho, na verdade nunca sonhado.
Jamais imaginei ter uma boneca como aquela.
Tinha uma prima, que era um pouco minha irmã.
Tanto lá na casa dela, como na minha, brincávamos, horas e horas.
E eu sempre agarradinha com minha boneca.
Um dia, deixei a boneca lá na casa dela, e alguns dias depois, quando voltei, veio a notícia.
Minha tia, disse assim que cheguei, que minha boneca, guardada em cima do guarda roupas, tinha se "espatifado" no chão.
Senti um grande arrepio.
Não tinha conserto, ela era de louça, e não tinha remendo no mundo que me devolvesse a boneca tão sonhada.
Tia Luzia, foi além.
Me disse:
Ninguém aqui teve "curpa". A "curpa" foi sua mesmo. Quem mandou você deixar aqui, porque não levou para sua casa?
E eu fiquei ali, quieta, engolindo em seco, a primeira grande perda da minha vida.
Esses dias, fazendo uma das minhas visitas lá na Janaína, me deparei com um post lindo, que parecia minha própria história.
Não sei escrever como ela, mas tive de volta, todas as lembranças, e vivi de novo, todos os momentos. Os de alegria, em ter minha boneca, o momento que ganhei meu melhor e único presente, e também a dor da perda.
Quem me conhece, já sabe que não me lamento de nada que não tive, e nada disso, me faz mal lembrar, pelo contrário, acho que toda minha vida, tudo que já vivi, só me serviram de estímulo para valorizar aquilo que posso ter.
Apenas contei, porque o post dela aqui, é lindo e vale a pena ser lido na íntegra.
Vai .

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

FELIZ ANIVERSÁRIO ERY!



Hoje é dia de mandar lindas flores para um amigo muito querido.

Ery Roberto, do blog Infinito Positivo, hoje faz aniversário.
E todos nós seus amigos queremos lhe abraçar, e mandar flores.

O Ery, é uma daquelas pessoas, pelo qual agradecemos a blogosfera, por ter nos trazido para nosso convívio.
Tem uma sensibilidade rara, é inteligente, persistente, vai até o fim, quando quer realizar algo, e mais, um grande amigo.

Falo do Ery, com carinho de mãe, mesmo sem ter idade para ser sua mãe, mas é assim que o sinto.
Ery querido, aqui em casa, todos nós temos muito orgulho de sua amizade. Ela nos é muito importante.

Feliz aniversário!
Continue essa pessoa doce e maravilhosa que é.
Um beijo e o carinho da familia Ferraz.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"XÔ SARNEY"

Bem, não falo nunca sobre política aqui no meu blog.

Mas o motivo é justo.

O nosso amigo DO, propôs uma blogagem coletiva, para mostrarmos nosso descontentamento com a presença desse tal Sr Sarney, lá na cúpula.

Na verdade, sabemos que ele quem manda nesse país.
Ele dá as cartas, e sabemos, não é exemplo para ninguém.
Enquanto faz a população de idiota, usa, abusa, enreda por caminhos que só à ele e seus cupinchas, beneficiam, o povo morre de fome e miséria.

Não precisamos ir longe. Dentro de seu próprio estado, o Maranhão, crianças recolhem alimentos dos lixões da cidade, e morrem. Como vi a notícia dias atrás na televisão, de um garoto de 12 anos, que morreu atropelado por uma máquina que empurra o lixo.
Os garotos vão recolher o lixo, que muitas vezes lhes servem de alimento à noite. E um deles, adormeceu num amontoado de lixo, e foi atropelado por um trator.

No próximo ano teremos eleições. Passou da hora de darmos um basta nisso tudo.
É necessário que se faça uma grande faxina, uma limpeza total, e para isso, precisamos com nosso poder de voto, excluirmos tudo de ruim que está lá no poder, e que não querem largar por nada.

Não podemos esquecer que somos responsáveis por isso também.
Não tivemos coragem de dizer não, por ocasião do voto.

Digamos agora:
"Xô Sarney"
E que leve toda sua corja.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TAREFA



Esse selinho ganhei da Lila, e devo escrever uma listinha com 8 características minhas.


Embora já tenha passado algum tempo, vai lá:




1- adoro cozinhar

2- gosto muito do trabalho que faço. Quando me sento na máquina e começo a tricotar, esqueço do mundo.

3- gosto muito das minhas caminhadas na praia, mas também sou preguiçosa.

4- sou muito valente, quando o assunto envolve os meus filhos, meu neto e claro, meu bem.

5- como a Lila, também não sou vaidosa.

6- fico meio boba, quando junto as minhas crias ao meu lado.

7- fico rindo a toa, quando recebo o carinho dos meus amigos. recebi um carinhozão, essa semana.

8- Adoro meu blog, é aqui que me relaciono de forma sincera com muita gente que jamais imaginei me relacionar. Consigo desenvolver um carinho imenso por todos meus amigos. E sinto isso como retribuição também.

Bem, eu deveria passar esse selinho, mas deixo a critério de quem quiser faze-lo.


E não vamos nos esquecer da proposta do amigo DO, para a blogagem coletiva, muito séria que é o fora Sarney, para o próximo dia 10.
Os detalhes vocês encontrarão aqui: